Aproveitamentos.

Eu não gosto nada da expressão "comer os restos".

Por muitos motivos diferentes mas, sobretudo, porque aquilo que guardamos é a comida que sobra e não nenhum resto: os restos são o que fica no prato, tipo espinhas ou uma colher de arroz ou uma folhita de alface que não comemos, meus caros. Mas que mania de falar em"restos"...

Ora então, hoje, almocei um "aproveitamento", uma "sobra" da refeição de ontem. 

Arroz de polvo. Foi a mãe que o cozinhou, quando fizer a minha versão partilho a receita. Se tal como eu, muitas vezes as vossas refeições se traduzem em caixinhas no frigorífico deixadas pela mãe para quando chegam do trabalho ou da faculdade (ou de outro sítio qualquer, que as mães só nos vêm bem é a comer!), saibam que existem muitos truques interessantes para as tornar mais saudáveis e diferentes. A minha mãe deixou arroz de polvo e eu acrescentei alguns ingredientes que tornaram aquelas "sobras" num prato bem interessante.

Coloquei o arroz de polvo num tacho para aquecer (não tenho microondas por opção e ainda bem que não!). Quando estava quase quente adicionei algumas folhas de espinafres baby. É importante que  se adicione a posteriori, a fim de garantir a conservação de todas as vitaminas.  Adicionei, já depois de colocar no prato o arroz, algumas azeitonas. Por fim, acompanhei com um sumo natural de banana e pêra com sementes de chia e uma fatia de pão.

Atenção. Reforcei os hidratos porque estaria fora muito tempo nesse dia. Por norma, uso só uma fonte de hidratos e sim, consumo-os também à noite se assim sentir ser uma necessidade. É preciso escutar o que o nosso corpo, a todo o minuto, nos conta.

Que comecem: OS SALDOS!

E sim, os saldos são aquela altura do ano em que queremos fazer caber em meia dúzia de tostões todas aquelas coisinhas que namorámos duas estações inteiras... 

Então, força nas canetas e vamos lá encontrar uns artigos interessantes.

A culinária e os novos rumos

A culinária e a fotografia. 

As paixões maiores da minha vida, mas não posso deixar de falar também na escrita. Está sempre tão presente que me parece escusado referi-la. A escrita é a ponte. É a ponte entre todas as paixões de um indivíduo. 

Quando criei este blog a minha intenção era torná-lo num espaço de partilha de ideias de cozinha saudável. Porém, as fases que vamos atravessando na vida desviam-nos muitas vezes dos nossos maiores objectivos ou convicções. A cozinha nunca deixou, neste período, de ser extremamente importante para mim, simplesmente, achei que precisava de tempo e de espaço para arrumar as ideias e para aprender mais sobre ela antes de a partilhar com alguém.

Chegou então esse momento.

O meu desafio é simples, eu vou partilhar três receitas por semana convosco entre aquilo que mais me apeteça cozinhar: uma entrada, um prato principal, uma sobremesa, um snack ou pequeno almoço. Quero mostrar que a carne não limita as potencialidades de qualquer cozinheiro. O facto de ter deixado de comer carne tornou-me mais criativa, mais versátil, mais apaixonada por esta arte de cozinhar.

Hoje, é o primeiro dia deste projecto das receitas e cozinhei para pequeno-almoço/brunch esta tosta de broa de milho com ovo escalfado.

Cai sempre tão bem nestes dias de Inverno com sol, em que apetece um prato reconfortante e colorido, em jeito de anseio  pelo Verão que aí já vem próximo (delírio!).

RECEITA

Ingredientes

.Broa de milho ou outro pão alternativo à escolha;

.Salsa picada a gosto

.1 ovo

.Pimenta preta

.1 fio de azeite

Procedimento

1.Torrar ligeiramente o pão;

2. Enquanto isso, colocar água num tacho e aguardar até que ferva;

3. Usar uma colher ou garfo e criar um remoinho na água, girando no mesmo sentido;

4. Colocar um ovo (bem fresquinho) no meio do remoinho;

5. Apagar o lume, tapar o tacho e deixar o ovo a cozer durante, aproximadamente, um minuto e meio;

6. Retirar o pão da torradeira e deitar um fio de azeite;

7. Adicionar ao pão salsa picada a gosto;

8. Colocar o ovo por cima da cama de salsa;

9. Dar um corte pequeno no ovo para que a gema ainda não totalmente cozida verta sobre o pão;

10. Adicionar pimenta preta q.b.

Coisas até dia 31 Dez

Grandes projectos até aos 20.

1.Começar projecto culinária (tchan, tchan, tchan!)

2. Continuar projecto literário

3. Continuar projecto fotográfico (de mãos dadas com o da cozinha).

Para comprar nos saldos.

1. mala preta

2. ténis ginásio

3. ténis dia-a-dia

4. relógio prateado

5. anéis

6. óculos sol

7. roupa ginásio

Mais novidades amanhã sobre cozinha e sobre fotografia, as duas grandes paixões da minha vida.

Inspiração Gala

Na sexta realiza-se mais uma gala de Natal lá na faculdade. E então surgem os problemas de todas as mulheres (e dos homens também, acredito eu...)! Que roupa usar: vestido, jumpsuit, saia? Eu não sou uma menina de saias nem de vestidos, quando uso é no Inverno com uma mega camisola de lã em cima ou então para a praia, daqueles bem leves e fluídos. 

Apetecia-me usar um estilo diferente e já no ano passado tinha pensado em algumas combinações para a passagem de ano que passavam por esta inspiração: calças cintura subida (formais, largas) com um crop top. Um estilo bem clean, com o cabelo ondulado e os lábios vermelhos. Pode ser que resulte! E ir às compras no meio do estudo para o teste mais difícil da faculdade não pode ser boa ideia mas, preciso mesmo, não há outra opção válida, por isso, vamos lá encontrar um espacinho milimétrico no meio da agenda. 

Fica aqui a inspiração.

O prazer de ler. De sonhar.

Ontem, numa das actualizações do Instagram, encontrei este maravilhoso texto, escrito pela querida Carolina Deslandes. Li e reli. Podia tê-lo escrito eu mesma, sem mudar uma única vírgula. Porque o meu lema de vida é e sempre será tão simples quanto isto: "Aproveitar as coisas pequenas da vida, o simples, o ínfimo.". 

"Eu nao invejo as tuas viagens pelo mundo. Eu não invejo os continentes que visitaste, o chão que pisaste... Nao invejo as cascatas em que mergulhaste, as viagens de balão. Nada. Nao invejo os povos que conheceste, as línguas que ouviste... Os postais e as fotografias que me mostras despertam-me curiosidade,sim. Mas nao me levantam um pelo do braço. Nada. 

O que eu invejo mesmo é quem se apaixona pelo normal, pelo simples. Quem encontra um pouso e deixa de ter sede de outros braços, de outros beijos. Isso sim. Aqueles que aceitam a aventura de acordar ao pé da mesma pessoa. Todos os dias. 

Essas sim são as imagens que me param o coração. Eu nao preciso da Amazónia, da Torre Eiffel ou do Pão de açúcar. Nao há nada que mais me fascine do que ver alguém continuamente apaixonado pela dança diária da rotina. Pelas torradas à mesma hora, pelo passar do leite, pelo beijo de despedida todas as manhãs. O que me fascina são as pessoas que assistem ao mesmo espectáculo todos os dias,da primeira fila, e aplaudem até nao haver mais luz. E no dia seguinte estão lá outra vez, a assistir aos mesmos passos e a esperar ansiosamente por um final que já conhecem e nunca os cansa. 

Eu nao me arrepio mais com experiências, eu arrepio-me com testemunhos. Eu arrepio-me com quem tem uma testemunha, um escudo e uma almofada, um berço e um foguetão. 

As tuas viagens pelo mundo nao são nada perto do desafio que é amar continua e inteiramente a mesma pessoa. Conhecer-lhe as fraquezas e as rugas, vê-la crescer e por vezes murchar e ainda assim acender o fogo todos dias. 

As imagens com que adormeço são só essas. O que eu invejo é quem vive a calma dos dias, quem se afasta do abismo de viver na corda bamba, quem nao precisa do perigo. O que me fascina é quem nao desiste. 

Nao me mostres o cume do Evareste, eu mostro-te uma fotografia dos meus avós. 44 anos casados, esse é o cume mais alto do mundo. E ninguém diga que existe aventura maior do que essa. (...) Eu quero uma família. E quero tirar fotografias em todos os cantos da casa. E ninguém diga que isto não é dar a volta ao mundo." 

Mercado de Campo de Ourique e Mercado de São Miguel

No passado sábado o A. levou-me a almoçar ao Mercado de Campo de Ourique. Nunca lá tinha ido, o que é uma prova provada de que quem passa os dias em Lisboa a trabalhar/estudar conhece menos do que aqueles que só lá vão ocasionalmente... 

Mal entrei no Mercado tive uma bonita surpresa. O ambiente é maravilhoso, toda a gente muito simpática e acessível, um lugar em que a modernidade não levou à perda do tradicionalismo. Sim, porque as bancas da fruta, da carne e do peixe, as bancas de artesanato e os as banquinhas de comes-e-bebes vivem harmoniosamente juntas. 

Foi muito interessante também comparar este nosso Mercado com o Mercado de São Miguel em Madrid, que é um dos lugares que guardo no coração. Visitá-mo-lo várias vezes por ser um conceito que era ainda pouco explorado em Portugal mas já bem enraizado na cultura espanhola e que achámos muito interessante. E devo dizer que esta inspiração foi a melhor que se poderia ter tido para o desenho do Mercado de Campo de Ourique! 

Experimentámos, no passado sábado, algumas tapas (que não posso comparar com as de Madrid...) e comemos um hambúrguer maravilhoso, o meu de beringela, cebola caramelizada e agrião, muito, muito bom. Ficam algumas fotos, umas de Madrid, outras de Portugal. 

Um sítio para revisitar muito em breve!

Last shooping.

Duas peças indispensáveis para estes últimos dias que nos têm presenteado com um frio de cortar... Welcome Winter! Afinal, Natal não é Natal se não estiver um frio de rachar, com a família toda a em redor da lareira. 

Tão bom.

São Pedro do Estoril

Ontem. Que paz, tão bom.

2#instareview

1. Saladinha que comi em Madrid e que estava maravilhosa, com nozes pecan e queijo de cabra... 

2. Super pequeno almoço/almoço antes de um dos exames desta semana, força extra garantida!

3. O Natal chegou cá a casa, com uma árvore douradinha, feita por mim, pelo A e pela Nônô.

4. Vista dos Armazéns do Chiado, num dia de estudo intenso, com a companhia de chocolate quente.

5. O céu do sítio mais bonito do mundo, Sesimbra, num passeio à tardinha.

6. Corridinha rumo à maratona! Grande objectivo!

Home is where your hearth is.

Há coisas que não mudam. Tomar o pequeno-almoço na cama é aquele ritual que me acompanha naqueles dias em que, merecidamente, posso dormir até ter vontade, posso passar a manhã a ver filmes e posso fazer tudo o resto que bem me apetecer. Dois exames feitos na faculdade (faltam mais três e em Janeiro nova ronda...), curso de Inglês a terminar, novidades a chegar ao blog, ainda muitos trabalhos para entregar e planos bons com o namorado e com as amigas, umas comprinhas rápidas, jantares e almoços de família, treinos para a maratona (e para o Verão!) e dias de sol e luz como o de hoje! Tenho uma vida muito cheia mas sou muito feliz assim, de outra forma, não seria, verdadeiramente, eu. 

E, claro, um vitorioso batido de banana, leite de amêndoa e cacau crú. Tudo o que eu podia desejar, nesta manhã de sexta reconfortante, prontinha para muito trabalho do bom à tarde! 

O ambiente, a luz, a decoração e a vitalidade que os espaços onde trabalhamos apresentam, são elementos fundamentais para o despertar da criatividade, do bom gosto, do perfeccionismo e do empenho que depois, se traduzem em projectos inovadores, em bons momentos de celebração da vida e em um imenso orgulho por termos chegado onde chegámos. Eu ainda não tenho a minha casa própria e por isso, a decoração a meu gosto reduz-se ao meu cantinho, ao meu quarto. Ainda assim, falta-lhe mais branco, faltam-lhe os móveis brancos que me enchem a alma de sonhos. Falta-me o lugar a que eu sentirei que pertenço, aquele que eu construí exactamente à minha medida. Até lá, vivo no conforto deste meu quarto quase a meu gosto, que me dá momentos bonitos como os de hoje de manhã. 

Receita do Batido

No blender, triturar duas bananas bem maduras, uma colher e meia de cacau crú em pó (compro no Celeiro ou no Continente) e leite de amêndoa  (uso o da marca Alpro Soya) a gosto consoante prefiram mais cremoso ou mais líquido. Et voilà. 

Abraçinho apertado,

Inês.

Em modo espera.

Estou em modo espera por dia 19... Até lá a minha vida é dominada por uma única palavrinha: DIREITO. Vamos lá ver se depois de todo o esforço isto não dá para o torto...

Até lá, actualizações no Instagram (barra lateral) e fé em conseguir passar por cá.

Inês.