terça-feira, 20 de maio de 2014

Leve.

É exactamente assim que me sinto, leve. Redefinir prioridades, encontrar o equilíbrio no meio dos dias mais complicados, receber os miminhos todos do melhor namorado do mundo, enriquecer-me, ler, estudar, cozinhar, conversar com a mãe, brincar com o pai, passar os finais de tarde a correr na praia com a mana. 

É tão bom, sabe tão bem.

A vida dá-nos presentes que devemos receber de coração aberto. É na busca do equilíbrio que está a felicidade. O meu equilíbrio está no meio dos dias ocupados, daqueles em que encontro uma razão de ser para a minha presença na Terra, são nestes dias que sinto que renasço e sorrio, sorrio muito.

A chuva hoje não me deixou nostálgica como sempre deixa, na realidade, acho que começo a viver mesmo de uma outra forma. Sinto-me organizada, orientada. Claro que falta muita, muita coisa, mas tudo vai ao lugar com o tempo. É assim a vida. 

E é tão bom viver. 



quinta-feira, 15 de maio de 2014

Para a Ná.

"Admiro-te tanto.

Admiro tanto a doçura da tua voz que sempre me fez sentir reconfortada;
Admiro tanto a força que carregas em ti, todos os dias;
Admiro tanto o ser humano extraordinário que és;
Admiro tanto a forma como vives a vida e o carinho que transportas nas tuas acções;

Admiro-te tanto.

Porque há coisas que não mudam, que guardamos para sempre e que nos enriquecem como seres humanos. Há momentos que nos ficam guardados na memória, nas memórias da infância e tenho tantos contigo. É tão bom lembrar. Temos muitos momentos ainda para coleccionar juntas e acredito que ainda mais ricos, ainda mais felizes, ainda mais intensamente vividos do que os de outrora. Não sei se alguma vez te disse, mas amo de paixão a profissão que decidiste seguir para a vida, a profissão que leva a palavra ao mundo, que permite trazer a felicidade a tanta, tanta gente. E tu és linda, só podias ter um papel destes para desempenhar, exactamente à tua medida. Eu sei que vais cumprir todos os objectivos que delimitas-te, porque o empenho e a dedicação são recompensados, agora mesmo. Que a vida te traga tudo de bom.

Tenho tanto orgulho em ti.

Um beijo enorme de quem gosta de ti daqui à lua,

Prima Inês 

domingo, 11 de maio de 2014

Estudar. Direito.

Estudar Direito não é exactamente um antónimo de estudar torto...
Estudar Direito, não é, necessariamente, decorar um bilião de leis como todos pensam.

O curso de Direito é difícil, é muito difícil. Mas não podia ser de outra forma! É suposto que o curso nos ponha à prova relativamente a certas situações que, na vida real, se complicarão ainda mais. Um estudante de Direito tem de estar preparado para tudo aquilo que a sociedade lhe possa vir a oferecer. É fácil? Não.

Há alguma coisa fácil hoje?

Estudar Direito é cada vez mais estereotipado.

"Os estudantes de Direito são a nata da sociedade portuguesa." É uma frase reproduzida paulatinamente nos corredores da Faculdade, com a qual, deixem-me dizer-vos, não concordo em absoluto. É tão redundante que chego a temer entender o seu real significado. Se reduzíssemos a nata da sociedade portuguesa a estudantes de uma única área disciplinar reduziríamos a essência de um povo a isso mesmo, reduziríamos a chance de sermos bons multi-disciplinarmente. Se quando falam em nata se referem aos políticos, aos altos cargos públicos ou privados, ocupados essencialmente por Doutores em Direito, deixem-me dizer-vos que sem os Engenheiros, os Mecânicos, os Arquitectos, os Pintores, os Pescadores, os Carpinteiros, os Varredores de Rua não estariam lá, a sociedade é o produto de um sem número de esforços conjuntos. A nata da sociedade tem de significar mais, muito mais do que esse estereótipo que se alimenta todos os dias. O pior, é que as novas gerações de juristas abraçam esta expressão quase religiosamente. Vivem para isto.

Isto entristece-me.  Mas melhor, desde a primeira aula na Faculdade, sei que o nosso curso não procura a Justiça mas sim o bem-estar social, propiciado pela resolução de conflitos da forma mais harmoniosa possível, com vista ao bem comum. Treta. E a Justiça? Eu estudo numa Faculdade que abraço de coração, mas não posso consignar-me àquilo que por lá se vai perpetuando...Eu estudo Direito porque quero contribuir, como um grão de areia na praia, para que haja mais JUSTIÇA.

E eu, eu assusto-me com isso. Com este convencimento de quem me rodeia de que a Justiça nunca existirá. Até pode ser verdade, mas para mim não faz sentido estudar Direito sem pensar que um dia chegaremos lá bem perto. Quase, quase a chegar.

Na realidade, eu estudo Direito porque amo de paixão tudo o que o Direito significa em todas as suas acepções e estudo, essencialmente, com a ideia de que um dia será possível contribuir para um Portugal melhor, mais justo, mais solidário, sobretudo mais completo.

A Justiça é aquele tipo de ideia meia dissimulada de que todos falam, mas que ninguém sabe bem explicar o que é. Eu tenho a minha concepção, mais ou menos rigorosa, é a minha. Sei que quero contribuir para a diluição de certas ideias pré-concebidas que se difundem por mentes mais fechadas ou mesmo retrogradas. 

Quero dizer-vos que estudar Direito é para mim um privilégio. Não tenciono vir a ser chamada de Doutora, porque para mim os únicos Doutores que existem são os médicos, como diz o meu pai. Se o fizerem é culpa do hábito, das raízes que se criaram no nosso país, "um país de Doutores". É verdade, um país de Doutores que enchem os centros de emprego, porque somos um país desequilibrado neste sentido, sem estruturas para albergar um sem número de licenciados que sofre no silêncio, ao ter de partir ou ao deixar para trás uma formação porque lutaram anos a fio... Viva ao nosso país, que me custa pensar em abandonar, que desilude, e faz doer o peito. 

(E sim, viva ao Direito e essencialmente ao prazer que me dá ser estudante de Direito.)

sábado, 10 de maio de 2014

Busy days.



Avizinham-se dias de calor por aqui. A praia enche. Por enquanto só lá posso ir uma ou duas horinhas ao fim-de-semana, que o semestre acaba não tarda e as notas não se recebem em troca de conchas... É pena.

#Crónica aos dias de hoje

Faz parte da rotina diária ir sentada no metro a ler o jornal, a ler as "gordas", porque o caminho não dá para mais. Leio de tudo um pouco, até porque os jornais de distribuição gratuita primam por isso mesmo, alcançar o maior número possível de públicos-alvo, através de uma espécie de "mixórdia de temáticas" versão jornaleira. Há dias em que verdadeiramente me decepciono com coisas que leio, sinto que o pormenor, o detalhe da escrita de outrora se tende a perder, de dia para dia... Leio crónicas que não raras vezes exploram realidades forçadas pelo próprio escritor, pago para "dizer umas coisas". Falta o brio. Falta, essencialmente, a paixão pela escrita. Diluem-se estas memórias cinzentas quando leio coisas verdadeiras e penso que, no meio de tanta gente que escreve hoje, existem verdadeiros artistas, verdadeiros escritores. Porque contínuo a ser daquelas pessoas que interpreta o verbo "ler" o jornal no sentido de folhear as páginas grandes, com cheiro intenso a papel, com títulos enormes, com fotografias de grandes planos, sem ser de tablet  na mão. Eu sou mesmo à moda antiga. Gosto das coisas pequenas e, essencialmente, gosto que se preservem as boas tradições, porque qualquer dia, o mundo fica-se por aqui...

(Sou uma velha.)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A propósito de dias felizes.

 Sobre dias na praia, à tardinha, que se têm transformado em rotinas boas. Em momentos que partilho de coração cheio. De alma cheia. E de sorriso sempre, sempre pronto. São estas coisas que enchem os dias de momentos que guardarei na memória.

Vou deixar-me de coisas, sou tão tão feliz aqui. 


(Em casa.) 


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Na casa do avô.

Há bichos, há alfaces, cenouras, muitas flores e frutos e um sem fim de carinho para partilhar por todos nós. Definitivamente, a casa do avô é um dos meus lugares favoritos, que está sempre no coração. A casa do avô cheira a maçãs camoesas, a pão acabado de sair do forno e a farinha torrada. Na rua, cheira a terra húmida e ouvem-se sempre os pássaros a chilrear. Na casa do avô toda a gente é feliz. Nunca há silêncio, porque a voz do avô envolve-nos a alma a todos. Meu querido avô.






sábado, 3 de maio de 2014

Sextas BO-UAS.







#Passeios de final de tarde

Ando definitivamente a atravessar uma fase de passeios de final de tarde.

 Daqueles rápidos mas curiosamente ricos. Redescobrir os mesmos sítios, reinventado-me, perspectivando uma nova fase que me espera. Não sei como será construída ou vivida por mim a longo prazo, por agora espero, espero por dias melhores. Nunca desacreditando na força que tenho mas de que às vezes me esqueço...

Bolas prá vida, sempre em cima de mim. (5 minutos, eram só 5 minutos...)





sexta-feira, 2 de maio de 2014

Biscotti de cenoura, amêndoa e canela.

Há muito que não cozinhava uma receita nova e diferente. Na realidade os dias não me têm dado espaço para muitos momentos de mim para mim. O tempo não pára. 

Hoje, decidi experimentar uma receita. Uma receita de um blogue que me apaixona. Suvelle Cuisine

Claro que cada um aprimora as receitas com os ingredientes que mais lhe enchem a alma e, para mim, a canela e a cenoura são irmãs na cozinha. Aqui estão os biscotti de cenoura, amêndoa e canela. 


Ter a casa a cheirar a especiarias é o melhor, o melhor de tudo. Tão bom viver assim. 





"Sorrio".



Happy Colours.








quinta-feira, 1 de maio de 2014

Novas coisas.

Eu gosto de comida. De cozinhar. De inventar. Eu gosto de comer. Gosto de beber. Gosto de raspar a forma do bolo, junto com o A. Gosto mesmo. Gosto de fotografar comida. Assim num estilo clean, bem à minha maneira. Não sou vegetariana mas, há uns tempos já longos, tomei a decisão de deixar de comer carne. Foi uma decisão que passou a fazer todo o sentido na minha vida. Falo disso depois.

#Este feriado. Bom.


Tantas saudades que me matavam aos bocadinhos. Tantas saudades do colo da mãe, tantas, tantas que ainda dói. Voltei a sentir-me viva. Percebo agora o sentido de os pais serem quem nunca desiste. Eu sentia-me a desistir da nossa relação, sempre cheia de picos que me deixavam nostálgica, quase sempre tristemente nostálgica... Hoje senti de novo o abraço, o abraço apertado. Ai, que felicidade.

Definitivamente, renasci.