quinta-feira, 26 de junho de 2014

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Sobre não comer carne.

Desde Março deste ano (2014) que não como carne. Logo eu, que nunca entendi muito bem os vegetarianos e sempre defendi que uma alimentação saudável e balanceada devia compreender o consumo de carnes brancas e, esporadicamente, também de vermelhas. 

Tudo mudou.

Mudou a minha forma de pensar, a minha forma de estar na vida, mudou o nível de informação que retenho sobre o mundo da alimentação. Mudou e ainda bem que sim.

Sempre gostei de carne, adoro cozinhar, gostava inclusivamente de preparar pratos com carne mas, a partir do momento em que deixei de consumi-la  toda a minha gulodice por carne desapareceu, assim como se nunca tivesse sequer gostado ou provado. Foi estranho, mas encaro-o como sendo um sinal do meu corpo a a avisar-me que tomei a decisão certa. 

Mas porque é que tomei a decisão de deixar de consumir carne?
Atente-se que eu continuou a consumir peixe, somente deixei de comer carnes e quase todos os derivados dos lacticínios. Admito que os meus motivos iniciais não passaram pela compaixão pelos animaizinhos, torturados para que nós, seres que nos consideramos superiores neste Planeta, pudéssemos degustar um bom bife na pedra. A minha decisão inicial foi puramente com vista a melhorar a minha saúde, a saúde do meu organismo a curto, médio e longo prazo. Está mais do que cientificamente comprovado que a carne contém compostos cancerígenos e é, aliás, aconselhado vivamente pelos médicos que o seu consumo seja suspenso durante o tratamento do cancro, a par com o açúcar e a gordura. A epidemia do cancro culminou neste século, ao mesmo tempo que o consumo de carne disparou, assim como o de lacticínios e de alimentos processados. O ser humano fez descobertas que o matam mais um bocadinho, todos os dias. Isto é alarmante, o problema é que a economia mundial não tem interesse em que estas informações sejam divulgadas, afinal, a doença move biliões de dólares todos os anos. 

É curioso que, depois de todos estes meses sem comer carne, me aproximei mais dos animais. Sinto isto ainda mais porque nunca fui particularmente ligada aos cães, gatos, peixes e por aí fora, durante a minha infância e agora, nenhum me é indiferente, aliás, eu paro para brincar. É bom, tão bom. 

Há uma frase que marca o meu percurso e que, verdadeiramente, me alertou para este fenómeno: os animais, os mamíferos, são feitos exactamente do mesmo tecido que nós humanos, os músculos, a gordura, somos muito similares. Eu não vou comer o meu semelhante, eu não vou alimentar o meu organismo com músculos, órgãos e gordura idênticos aos que nasceram comigo. É uma reflexão, uma longa reflexão. 

Adiante, não sei se um dia voltarei ou não a consumir carne mas, tenho plena consciência que se um dia o voltar a fazer será também essa uma decisão muitíssimo ponderada.

Por enquanto, sou feliz assim, muito feliz. Sem carne no meu prato.


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Sonho com o dia*




* Com o dia em que finalmente conquistarei o meu espaço, a minha independência. Por agora, fico-me por estes delírios.

Happy Birthday Nô Nô!

Os anos passam, passam tão rápido. Esperamos sempre por mais, por melhor. Raramente agradecemos pelo que temos, pelo que a vida nos proporciona, afinal, o que importa é que devíamos ter mais, ainda mais. Ontem, o grande amor da minha vida, a minha mana, celebrou mais um aniversário. Num clima de festa e alegria, cheio de grandes iguarias feitas na íntegra pela família linda que temos, as cores vibrantes invadiram a sala e senti-me verdadeiramente grata. Grata por estar rodeada pelas melhores pessoas que a vida me podia proporcionar, grata por acreditar que as coisas simples mas feitas em grande clima de união não podiam resultar melhor. Porque para mim, as festas dos pequenitos são isto, bocas lambusadas de chocolate, cambalhotas na relva, mesas cheias de doces da avô, quartos com brinquedos pelo chão e sorrisos, muitos sorrisos. 

Obrigada.











quinta-feira, 19 de junho de 2014

Voltar ao trabalho, em férias.

Que paradoxo tão incrivelmente vivido, por enquanto. É uma realidade que não vivo ainda com o ânimo de quem não tem nenhuma obrigação ou tarefa por cumprir. Há ainda tanto, tanto, por fazer. As minhas férias só chegam no dia 17 de Julho, falta um mês. Férias... Em Agosto o trabalho espera-me. Mas, até lá, mantenho uma rotina que não me satisfaz totalmente, mas é aproveitada o melhor que me é possível, entre um estudo quase recreativo, passeios na praia, cafés longos, projectos e muita fotografia. Ando muito preenchida, mas, o que queria mesmo, era estar oficialmente de férias. Era não sentir um nó no estômago quando sei que ainda tenho muito sofrimento e nervos para viver, enquanto me encanto ou desencanto nas orais de melhoria, na minha querida FDL. Tenho, imperativamente, de valorizar as coisas boas que a vida me proporciona. Afinal, estou no curso que amo, tive um bom aproveitamento, mas luto por mais e melhor, como sempre. Vivo no sítio mais bonito do mundo, que me acalma e me resgata do meu espírito inquieto que às vezes quase me consome. Tenho ao pé de mim o melhor, o melhor de sempre. Penso em quem tem pouco e afinco-me no trabalho, enquanto a madrugada corre. Faço uma pausa e passo por aqui. Deixo as minhas palavras e as fotos do meu dia, deste dia inquieto, como os outros, desejando que o de amanhã se aproxime, mais um pouco, da rotina que quero que marque a minha vida, no próximo mês. Ai, tanto trabalho. Continuemos, o futuro recompensará, assim o espero.

Até já.







terça-feira, 17 de junho de 2014

Estranhezas.

Pediram-me. 

"Não!".

Ela pediu-me.

 "Vamos ver..."

"Tu és tão criativa, soube logo que tinhas que participar".


Céus, estou rendida à ideia...

"Eu, criativa?" Nunca tinha pensado em mim dessa perspectiva. Eu sei muito pouco sobre mim, é um paradoxo que me acompanhará. Na realidade, se às vezes nem sei bem quem verdadeiramente sou, como posso conseguir atribuir-me uma qualidade ou um defeito que desconheço? 

Está aqui, o meu cadáver esquisito, o meu contributo para o teu projecto. 

Gosto mesmo, mesmo de ti, mana.

 









quinta-feira, 12 de junho de 2014

Calma.

Dias em que a calma impera.
 Em que o sabor a férias dão aso para mais, muito mais que a rotina.

 É tão bom viver assim.




terça-feira, 10 de junho de 2014

É só.

Nestes dias, que já vão cheirando a verão, é fácil preparar qualquer refeição. Eu saio do estado invernoso da hibernação e atiro-me com unhas e dentes à arte de "liquidificar". É tal e qual isto. Eu admito ser uma batido-dependente, seja em que circunstância for, para mim um batido é a refeição perfeita. 

Mas atente-se, não faço parte daquele pessoal maluco que só bebe batidos e depois dá trabalho ao INEM, eu sei que estamos em tempo de crise e, ainda para mais o desemprego aumenta de dia para dia mas, espera aí, que o pessoal do INEM não precisa de vir em marcha de emergência para agarrar um coitado que não come há tréé mééses, como se diz por cá. 

Os batidos verdes, laranjas, azuis, matizados, estão definitivamente na moda e, apesar de já os consumir há vários anos, sei perfeitamente que não substituem uma refeição são, APENAS E SÓ, um complemento. 

Encontrando-me eu em estado semi-férias, tenho tempo para os pequenos-almoços tardios no jardim. Com as idas à praia ao começo da tarde não há tempo para pensar em digestões morosas, que por sinal deixei de fazer assim que eliminei o consumo de carne. Tenho um vasto leque de opções, todos os dias o meu pequeno-almoço é uma descoberta. Hoje, por exemplo, tomei um batido de beterraba, espinafres, banana e leite de amêndoa, comi uma taça de papas de aveia, trigo sarraceno, sementes de girassol, chia e linhaça e algumas pevides de abóbora e ainda uma torrada  recheada com puré de abacate, que eu amo, e saladinha

Este meu brunch, tomado neste acalmia que me fascina, foi um elemento determinante para o sucesso do meu dia que, maravilhosamente, vivi.

Porque há quem diga e eu acredito: depois da tempestade vem a bonança. A bonança e um bom pequeno-almoço, pois tá claro. 


sábado, 7 de junho de 2014

Dias maus.

Há dias em que as coisas correm mal. Deixe-mo-nos de rodeios: há dias em que verdadeiramente só nos apetece enfiar a cabeça na almofada e esperar que o próximo seja melhor.Hoje foi um desses dias. Tinha tantas expectativas. Esse foi exactamente o problema. Tinha tantos planos. Planos que não se realizaram e, pior, que trouxeram com eles frustração, desânimo e, sobretudo, desalento. 

Enfim, venha agora a parte menos má.

Porque nestes dias, há sempre uma réstia de esperança que nos faz destapar o pano da infelicidade. 

Aconteceu.  

O mar é o meu melhor conselheiro nestes momentos, sentir a brisa na cara aviva-me a memória, não distante, de dias bons e felizes. Porque afinal, são os dias menos bons que nos fazem valorizar os períodos em que estampamos um sorriso no rosto.

No final do dia: sou feliz. 













segunda-feira, 2 de junho de 2014

#Muito possivelmente.

Muito possivelmente tenho os melhores amigos do mundo.

Muito possivelmente, sou capaz de em poucos instantes lhes apontar uns dez ou vinte defeitos, mas melhor, melhor que tudo, sou capaz de, no mesmo período de tempo, apontar trinta ou quarenta qualidades.

Independentemente dos circunstancialismos da vida, eles são os melhores. 

Chorar de tanto rir ou rir de tanto chorar é daquelas coisas que, quando verdadeiras, não se fazem com toda a gente. Eu faço, com os melhores amigos do mundo. Aqueles que têm o dom de me deixar de coração cheio, de sorriso estampado, com uma força incrível para levar até ao fim o próximo objectivo, a próxima etapa. São os melhores do mundo. E sim, eu sou super babada por tê-los comigo.

Conheci novas pessoas, novas mentalidades, novas formas de viver, alarguei os meus horizontes e agradeço todos os dias por isso, mas sabe bem, tão bem, chegar a casa e ter lá o pessoal de sempre à nossa espera. 

É tão bom. Tão bom.

Obrigada ao pessoal de sempre, de ontem e de hoje. Que fiquem para amanhã, ou melhor, para o resto da vida.