sábado, 28 de dezembro de 2013

Coisas da cozinha



 Healthy Sweet Potato Pie
Picture of Maple Bourbon Sweet Potato Pie Recipe

Foi a maior delícia da ceia de natal. Sem açúcar refinado, sem gordura animal. É maravilhosa. Eu cozinho sem medidas, por isso não tenho muita noção das quantidades que vos possa indicar, mas aqui vai uma tentativa. Experimentem, porque é uma explosão de sabores, com aquele toque sublime das especiarias da Índia.

Recheio

1.Então, eu comecei por assar no forno 1kg de batata doce, lavadas e com pele.
2.Misturei numa taça 1/2 chávena de farinha integral e 1 chávena de farinha de trigo comum, sem fermento.
3. Misturei noutra taça mel (a gosto, o que variará também consoante o sabor da batata doce), 3 ovos inteiros, 1 pacote de creme de leite magro (ou natas por bater), imensa raspa de limão e por fim a batata doce, já sem casca, reduzida a puré.
4. Rectifiquei os sabores das especiarias, acrescentando uma pitada de sal e vagem de baunilha.

Base

1. Reduzi cerca de 5 colheres de sopa de manteiga magra;
2. Misturei 1/2 chávena de amêndoa torrada da qual fiz farinha;
3. Juntei farinha de trigo comum até adquirir uma consistência não tão pesada como a do pão, mas que possibilite moldar a forma a gosto, sem colar nas mãos.
4. Piquei com um garfo e levei ao forno até dourar, a 180º.

No final, basta juntar o recheio à base, levar ao forno, por aproximadamente 120 minutos, cobrindo a forma com papel alumínio, quando as bordas da massa começarem a ficar douradas para não haver o risco de queimar. Antes de servir deixar arrefecer por completo (este último passo é muito importante, e o sucesso da receita está aqui, já que é durante o processo de arrefecimento que o recheio assenta na massa e solidifica). Et voilá!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Hoje.


Expectativas

Tenho tantas e tão poucas. Vejo os meus horizontes a crescer cada vez mais, a sair de mim, a levar-me consigo, a ultrapassar o que criei, a redefinir-me.

Tenho a esperança que queiram que ajude, porque sei que tenho tanto para dar, tanto para dar aos que mais precisam de receber, quero tanto aconchegar-lhes o coração com o amor que tenho em mim. Quero tanto tanto.

Nunca deixem de ajudar os mais fracos e indefesos que partilham do mesmo bocado de Terra que nós, que são seres dignos dos mesmos direitos que nós somos. Façamos Justiça! Ai que povo esquecido, ergo-me ao lado dos que reclamam a mudança, sou um grão de areia na praia que um dia fará parte de um castelo de um pequenino que brinque.

Sinto que o meu reflexo já não mais me pertence, mas pertence àqueles a que quero dar-me. Quero dar o que sou. Que desejo inquietante que carrego em mim. Chamem-me.

Sinto uma vontade imensa de deitar fora a plasticidade que me tem caracterizado e de mostrar o que verdadeiramente sou. Sabe bem ser, mas sabe melhor ainda viver livre de barreiras e máscaras que me obstruem a essência.

Pior do que querer mudar é não saber como. Estou aqui sentada, a escrever, tenho ao lado deveres que me obrigam a fixar os olhos em coisas que não gosto, os ouvidos em frases que me desatinam, o nariz em cheiros que me enjoam... Tão perto está o lindo livro que quero ler, está o mar, o vento e a chuva que queria que me batessem na cara, está um estilo de vida, uma aparência que quero mudar. Estou tão perto de tudo e em simultâneo tão longe. Já não há ninguém a meu lado que me bata palmadinhas nas costas e que me diga por onde devo seguir. Agora é o meu turno, só eu sei ou saberei o quê e como fazer. Dói-me o coração e mais ainda a alma. A minha sensibilidade para a superficialidade acabou. Hoje é o dia dos dias, porque acredito que seja o meu dia, aquele que um dia haveria de chegar, mesmo que eu achasse que não seria hoje. Agora é comigo.


Vou até ali fazer qualquer coisa com a vida. Até logo.

Chamem-lhe "O Dia"

O Dia em que me levantei quando não queria, não queria mesmo com muita força, mas levantei.
O Dia em que deixei para trás a capa que me cobria, e fui.
O Dia em que parei para olhar de novo, e acreditei.
O Dia que julgava que não apareceria, e apareceu.
O Dia em que o tempo mau não puxou o meu estado de espírito, e vivi.
O Dia em que comi como os "normais", e sobrevivi.
O Dia em quis com muita força, e aconteceu.
O Dia que pensava ser só mais um dia, e não foi.

Foi O Dia, que guardo na memória para sempre. O Dia em que voltei a ser eu.

Cansei-me de ser infeliz

E pronto, é isso.

Sê bem-vinda Esperança!


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Para amanhã #10

1. Muita água com limão e gengibre para espantar o açúcar.
2. Uma gym class
3.Uma visita ao celeiro dieta
4.Miminhos para mim.
5. Comprar bilhetes para o circo Soleil, pour moi et pour A.
6. Estudar, encher a alma de ideias e prespectivas. Eu amo de paixão o meu curso.
7. Tomar café numa esplanada, lendo, dando e recebendo mimos.
8. Fazer o meu lindo pão negro. 
9. Pintar as minhas unhas de cor nude.
10. Ir ao cinema.

Até amanhã.

Crónica ao Natal




Não sei porque ficou um vazio tão grande este ano, mas ficou. Ficou guardado no meu coração a jeito de mágoa. Parecia que estava tudo certo, direito, conforme. Enganei-me. Faltou qualquer coisa. Qualquer coisa enorme para encher o meu coração, para espantar a tristeza. Passou-se o Natal. 
Parecendo que não, o Natal é uma das alturas do ano mais introspectivas, é aqui que, falando por experiência própria, faço um balanço das prioridades, alinho escolhas futuras, perspectivo novos ares que quero percorrer, revejo o  conceito de família. Esta base tão importante mas que às vezes nos trai... Não deixo de amar por isso, não deixo de guardar em mim o desejo de um abraço de mãe sentido, um beijo de pai vindo do coração, guardo em mim para que um dia cheguem e me encham o  coração. Foi isso que faltou no meu Natal. O carinho, o colo do pai e da mãe, que se foram, espero que não irreversivelmente. Marcaram-me a alma com a necessidade da mudança estampada na linha da frente, porque às vezes a frieza faz algum sentido. Menos quando se fala do colo da mãe e do pai, que eu preferia ter tido invés da necessidade de mudança. Podem abraçar-me que eu não fujo. Não tenham medo. Eu ia gostar, podem crer na minha palavra. Talvez um dia... 

Agora vou tratar de mudar e traçar a minha agenda, afinal, continuou à espera do colo, mas a vida não pára, e tenho de ser eu a enfrentá-la, sem o amparo do pai e da mãe.


Feliz Natal.