É a derradeira pergunta.
É sorrateira e parece ter pouco ou nada para se ler nas entrelinhas. Enganam-se.
Saber quem somos extravasa o auto-conhecimento que, por si só, já é demasiado para um simples ser humano. Saber quem somos não é uma auto-crítica àquilo que fizemos de errado, àquilo que nos esquecemos de fazer, às desculpas que ficaram por aceitar ou às oportunidades que deixámos ir. Saber quem somos é profundo. É intenso.
Saber quem somos é, manifestamente, necessário para a história do Mundo. Para a continuidade da humanidade.
Ontem, duvidei, com todas as minhas forças se em algum momento da minha vida conheceria um mundo verdadeiramente humano. Duvidei se, por um segundo, podia descansar e confiar nos outros, nas suas escolhas e crer que, no fim, tudo daria certo.
Ontem foi um dia especial para o mundo. Foi o dia em que nos apercebemos que nos encontramos no último degrau da escada e que o próximo passo marca o fim. Ontem, senti não haver esperança.
Ontem foi um dia especial para o mundo. Foi o dia em que 12 jornalistas morreram. Morreram porque a intolerância venceu mais uma vez, porque a liberdade de expressão tem, no nosso mundo, um preço a pagar.
Ontem foi um dia especial para o mundo. Foi o dia em que milhões de pessoas se uniram. Se uniram contra o terror, contra o preconceito, contra a guerra religiosa e contra a escuridão.
Eu, sigo a longa caminhada juntamente com esses milhões de pessoas e espero contribuir, como um grão de areia na praia, para mudar a história da humanidade. Para confiar. Para confiar...
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