Tenho a esperança que queiram que ajude, porque sei que tenho tanto para dar, tanto para dar aos que mais precisam de receber, quero tanto aconchegar-lhes o coração com o amor que tenho em mim. Quero tanto tanto.
Nunca deixem de ajudar os mais fracos e indefesos que partilham do mesmo bocado de Terra que nós, que são seres dignos dos mesmos direitos que nós somos. Façamos Justiça! Ai que povo esquecido, ergo-me ao lado dos que reclamam a mudança, sou um grão de areia na praia que um dia fará parte de um castelo de um pequenino que brinque.
Sinto que o meu reflexo já não mais me pertence, mas pertence àqueles a que quero dar-me. Quero dar o que sou. Que desejo inquietante que carrego em mim. Chamem-me.
Sinto uma vontade imensa de deitar fora a plasticidade que me tem caracterizado e de mostrar o que verdadeiramente sou. Sabe bem ser, mas sabe melhor ainda viver livre de barreiras e máscaras que me obstruem a essência.
Pior do que querer mudar é não saber como. Estou aqui sentada, a escrever, tenho ao lado deveres que me obrigam a fixar os olhos em coisas que não gosto, os ouvidos em frases que me desatinam, o nariz em cheiros que me enjoam... Tão perto está o lindo livro que quero ler, está o mar, o vento e a chuva que queria que me batessem na cara, está um estilo de vida, uma aparência que quero mudar. Estou tão perto de tudo e em simultâneo tão longe. Já não há ninguém a meu lado que me bata palmadinhas nas costas e que me diga por onde devo seguir. Agora é o meu turno, só eu sei ou saberei o quê e como fazer. Dói-me o coração e mais ainda a alma. A minha sensibilidade para a superficialidade acabou. Hoje é o dia dos dias, porque acredito que seja o meu dia, aquele que um dia haveria de chegar, mesmo que eu achasse que não seria hoje. Agora é comigo.
Vou até ali fazer qualquer coisa com a vida. Até logo.
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